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As empresas passaram a se preocupar mais com a qualidade de vida das pessoas
As empresas passaram a se preocupar mais com a qualidade de vida das pessoas

Um dos desafios das empresas frente ao novo modelo de gestão rumo a sustentabilidade, é saber crescer e se manter no mercado de forma que não somente que o meio ambiente seja preservado, mas que a sociedade também seja vista como um importante fator para o desenvolvimento e que propostas de inserção social da população sejam tomadas. 

Conforme Guevara et al. (2009, p.65), mostra que para muitos cientistas sociais, crescimento e produtividade devem ser vinculados aos investimentos nas áreas sociais, pois somente a partir dessa conscientização é que o desenvolvimento poderá consistir na eliminação das privações que limitam as escolhas e oportunidades das pessoas. O progresso econômico baseado em acumulação capitalista não consegue solucionar os problemas sociais, pois o crescimento econômico demanda também um desenvolvimento social paralelo e eqüitativo. 

Segundo Araújo e Macedo (2006), após 1990 é que se verifica uma grande mudança onde há um empenho e significativo crescimento exponencial do investimento social privado. É a partir dos anos 90 que surgem muitas fundações e institutos empresariais, onde é notada a maior presença social das empresas, há um maior papel do investimento social, mas isso ainda acompanhado de uma idéia um pouco reducionista de que o melhor marketing para a empresa é o marketing social. 

Segundo Guevara et al. (2009, p.127), para termos paz e harmonia entre humanos, é necessário ter Responsabilidade Social, seguindo a Ética que é um conjunto de valores humanos em comum coletivo, que pessoas tentam seguir em determinado contexto social e nem todos conseguem e seguem, porque cada um é regido por sua individualidade de impulsos e intenções em causa própria. Justamente porque cada um busca e é obrigado a buscar o progresso. 

As empresas passaram a se preocupar mais com a qualidade de vida das pessoas, passando a investir em produtos mais saudáveis, de boa procedência, com qualidade, melhores formas de produção, validade e embalagens melhores e recicláveis. A preocupação com a saúde dos consumidores tornou-se muito maior, na 
mesma proporção em que as pessoas passaram a ficar mais exigentes e escolherem melhor os seus produtos para preservarem a sua saúde. Com esta nova percepção pelas empresas destes consumidores mais exigentes, os investimentos passaram além dos produtos e também para o desenvolvimento de projetos sociais e ambientais atraindo novos consumidores e valorizando seus produtos. 

Segundo Guevara et al. (2009, p.73), os resultados das ações sociais das empresas, quando bem empregadas, constituem poderosos instrumentos de desenvolvimento sustentável, pois propiciam a inclusão social e despertam o incentivo ao empreendedorismo por meio de parcerias com o poder público, lideranças, sociedade organizada, criando assim, um ambiente favorável a novos empreendimentos, gerando ocupações produtivas de forma sustentável.

Esta mudança mercadológica, onde o consumidor passa a se preocupar com o impacto ambiental que tal produto gera e com as atitudes e projetos sociais que a empresa desenvolve, faz com que as empresas desenvolvam novos métodos de desenvolvimento, buscando a preservação dos recursos naturais, adotando uma nova postura no mercado. 

Conforme Guevara et al. (2009, p.73), nas organizações, passa a existir não somente a necessidade de reduzir os custos e atingir alto padrão de qualidade, mas também novas estratégias para que os produtos e serviços possam fazer páreo frente às exigências éticas e sociais da sociedade. 

Segundo Araújo e Macedo (2006), todas as empresas buscam, de uma certa forma, o seu selo de qualidade social, este selo é algo que poderia permitir à empresa conquistar maior número de consumidores e, portanto, maior lucro. 

Este é o novo cenário de atuação das empresas, onde a preservação ambiental e as ações sociais passaram a ser novas exigências dos consumidores na escolha pelos seus produtos e serviços. Portanto, os investimentos nestas áreas tornaram-se mais do que obrigatórios pelas empresas que querem permanecer ativas no mercado e com credibilidade de estarem cumprindo com suas responsabilidades. 

Autor: Felipe Garcia
Especialista idealizador e criador do site Sustentabilidades.com.br

GUEVARA, Arnoldo José de Hoyos, et al. Consciência e desenvolvimento sustentável nas organizações: reflexões sobre um dos maiores desafios de nossa época. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 
ARAÚJO, Gisele Ferreira de, MACEDO, Célia Regina. Manual empresarial de responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Plêiade, 2006. 

Fonte:

Felipe Garcia
Sustentabilidades.com.br

 

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